quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

É FAN-TÁS-TI-CO....TCHAN.....


Se alguém lhe perguntasse para pensar no homem mais fantástico do mundo, quem viria a sua mente?

Talvez alguém espiritualizado como Mahatma Gandhi, alguém como Fred Astaire. Alguns pensariam Hugh Hefner. Convenhamos o cara tem 81 anos e três divas na cama de plantão. Isso é fantástico. Ou quem sabe, você pensaria em alguém mais próximo, quem sabe seu pai, seu marido, seu filho.

Acho que talvez o último da sua lista seria ele: Chuck Norris. Mas ele é o único que teve a sorte (ou azar) de ter um livro com o seu nome na capa ligado ao adjetivo fantástico.

O ator de "Comando Delta" e "Braddock - O Supercomando" virou publicação da Penguin intitulada "The Truth About Chuck Norris: 400 facts about the World's Greatest Human" ("A Verdade Sobre Chuck Norris: 400 Fatos Sobre o Ser Humano Mais Fantástico do Mundo").

Quem não gostou muito foi o próprio Mr. Norris que está processando a editora. Para Mr. Norris a obra explora injustamente seu nome e se baseia em uma lista que circula na internet com mitos sobre o ator.

Se você curte assuntos banais e cultura inútil, não deixe de entrar no site para acreditar nesta baboseira.

www.truthaboutchuck.com

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

DO SALÃO AO LIVRO...DO LIVRO AO SALÃO


Lugar: salão de beleza.

Quando: uma segunda-feira.

Lava cabelo dali, seca de cá e quando dou por mim, assistia à novela das oito. Coisa, aliás, que não fazia há muito tempo.

Graças à Deus.

Por que fiquei realmente chocada.

Assistir a novela das oito, em plena segunda-feira em um salão de beleza foi uma experiência marcante.

Todos sabem os nomes dos personagens, quem fala de quem, quem faz o que...

Pensei...

Fiquei o ano inteiro sentada em uma carteira de universidade, tentando descobrir maneiras de mudar o mundo, mirabolando maneiras para descobrir como ler três livros em dois dias, tentar descobrir a medíocre diferença entre uma semente transgênica de um grão transgênico, ler pencas de notícias para tentar entender o mundo islâmico, descobri, tentar, pensar, ler,.....pra descobrir que ninguém está nem aí......preferem a novela das oito. Não dava pra conversar sobre outras coisas?

Já que é um tempo ocioso, tedioso, diria, não dava pra ter outra pauta?

O que faz uma pessoa perder tempo em assistir tal mediocridade? Lembrei-me que pelas primeiras vezes que entrei em um metrô em Milão e vi quatro entre cinco pessoas lerem o jornal. Tirei até uma foto disso, dá pra acreditar?

Devorei praticamente um livro inteiro enquanto fazia as madeixas naquela porcaria de segunda-feira. Duas horas antes havia lido a Folha de S.Paulo de segunda-feira na fila do banco. Coisa que, aliás, pareceu até mesmo uma ofensa:

-Tira esse jornal daqui!!! Esbravejou a menina que estava na minha frente na fila.

Não sei se ria ou se chorava.

Uma vez quando estava de pé no ônibus, ralhei os olhos no jornal de um tiosinho que estava sentado. Sem ter o que fazer né? Jornalão na frente. Ele indignado disse:

-Já terminei a POR-RA do jornal. Quer pra você?

Eu disse:

- POR-RA, eu que quero.

Meus amigos caíram na gargalhada. Não sei se por causa dos “POR-RA” ou por causa da atitude do tiosinho. Enfim....

Ele retrucou:

- Menina mal educada. E se levantou pra saltar do ônibus.

Mas, se ele já havia lido por que não me emprestar? O que ele queria que eu comprasse um jornal só pra mim?

Emprestar livros, já desisti. Ou em empresto sabendo que nunca mais vou vê-lo ou não empresto. Na melhor das hipóteses, quando ele é devolvido, está destruído. (entenda-se destruído por melecado, cheio de orelhas de burro). Nossa, cadê o respeito com as coisas dos outros.

Lembro-me que uma vez meu colega de discussões em sala Guilherme Guinski havia me emprestado um livro pra ler assim na hora da aula mesmo. Só dar aquela olhadinha. Lembro-me de ter colocado o lviro aberto por alguns segundos em cima da mesa. Ele olhou pra mim:

- Que c tá fazendo?

- Não to fazendo nada? Como assim?

-O meu livroooooooooo !!!!!!!!!

Com toda razão. Por um lapso, deixei o livro aberto. Poxa, livro é amigo, é companheiro, não dá pra largar assim né? Principalmente quando é dos outros. Minha mãe sempre falava que o que é dos outros, devemos ter cuidado dobrado. Com toda a razão. Acho que a minha era uma exceção.

Como não estava assistindo à novela, chamava um pouco a atenção. Alguém se atreve:

- Ah, eu também adoro ler.

Tentei, para arrependimento futuro, estabelecer contato.

- Ah é? Que tipo de livro você gosta?

Silêncio.

- Ah não tenho muito tempo pra ler, mas sei lá... Adorei aquele “Homens são de Vênus e Mulheres são de Marte”.

Tudo bem. Gosto não se discute. Se lamenta.

A voz, continua:

-C já assistiu “O Segredo?”...

Graças à Deus meu tempo no precioso salão de beleza havia se esgotado. Não respondi, mas é óbvio que assisti “O Segredo”. Para poder falar mal depois.

Leitura no Brasil é mesmo uma vergonha.

NÃO SOMOS RACISTAS


Certo dia, meu filho (na época com três anos de idade) chegou da escola e nos disse que a “tia” que estava cuidando dele tinha mudado. Agora, era outra. Uma tia diferente.

Naquela época me questionei sobre o quê aquele “diferente” significava, não obtive resposta. Claro, apesar de ele aos cinco ter perguntado o que era ética e quem foi o primeiro, mas o primeiro mesmo, ser humano que existiu na face da terra, seria demais pedir para que ele explicasse, aos três, o que “diferente” significava.

Fiz o que toda mãe faria (bom, pelo menos as curiosas). Cheguei de mansinho na escola e perguntei quem era a nova “tia” que estava cuidando da turma dele.

Era a fulana de tal. Era uma negra.

“Que raios”, pensei. Sou uma mulher liberal, uma mulher moderna, não me considero racista, nunca demonstrei (pelo menos não que ache) sentimentos racistas contra um ser humano e meu filho, tão pequeno, tão virgem do mundo, já analisava aquilo como uma diferença.

Sempre defendi a idéia de que não somos racistas e de não passávamos de uma nação elitista. Até que um dia, graças às maravilhosas aulas da socióloga, Mestre Simone Meucci, dei-me conta de que precisava analisar melhor todas essas idéias.

Falar de racismo é complexo, não é fácil, além de ser simplesmente desgastante. Li “Não somos racistas” de Ali Kamel, pesquisei Gilberto Freyre, reli as matérias da Folha de S. Paulo nos dias da consciência negra, enfim....fiz o que considero o básico do básico. Claro, isso inclui o deus google e teses de mestrado e doutorado espalhadas pelos sites acadêmicos.

Porém, dei-me conta de que o essencial, não havia feito: Perguntar aos próprios negros. E quando digo negros, não me refiro aos 2% do que o IBGE considera negro, mas sim as pessoas que nós consideramos negras.

- Aquilo que pro europeu seria negro e o que para nós é o mulato, o cafuzo, o caboclo e todas aquelas palhaçadas que estudamos no colegial. Aqui, negro é negro, exalta-se o carrinheiro que considera poder estar no Guiness Book por fazer em um só dia R$ 250,00 reais, vendendo recicláveis.

Esqueci os livros, as teses e fui pra rua, pros botecos. Onde achar negros para darem depoimentos? Nas universidades? Atrás de uma mesa com uma placa indicando “diretor-executivo”? Não, Não achei.

Em toda minha vida estudantil e acadêmica (lá se vão pelo menos 15 anos) tive um, apenas UM professor negro que foi demitido após dois anos de aula. Para não dizer nunca, tive apenas um amigo na escola que era negro. Adivinhem seu apelido? Negão. Na universidade, estudei com UM negro. Onde eles estão? Trabalham aonde? Em todo o bairro onde moro há apenas uma família negra. A não ser se considerarmos a favela que fica atrás da minha casa. Lá está cheio de negros. Por quê?

Enfim, deles, escutei histórias assombrosas. Mulheres que são perseguidas por sua cor, mães negras que têm filhos claros e são chamadas de babá, homens que são perseguidos em supermercados e lojas de departamento pela sua cor. Bom, pelo menos é isso que alegaram a totalidade dos “negros” com que falei.

Devemos levar em consideração, obviamente, o estigma. Podem ter alegado justamente racismo por ser simplesmente uma desculpa, uma saída mais viável, talvez. É mais fácil falar que foi por racismo do que por incompetência, por falta de provas, por qualquer outra razão. Seria o momento “diz-que-me-diz-que”.

Mas não creio nestas hipóteses. Não ao lembrar das caras indignadas das pessoas com quem falei. Rostos de ressentimento e rancor.

Acho que da maioria das histórias que escutei (e não foram poucas), muitas declararam que ao ter de escolher quem é o ladrão ou quem foi o culpado, é mais fácil os outros (normalmente, o patrão) acharem que foi o moreninho ou a negrinha. Uso estes termos, por que foram justamente estes termos usados por eles mesmos ao retratarem suas próprias histórias.

Não penso em chegar a uma conclusão, longe disso. Penso em reflexão, pois senti totalitarismo ao ouvir estes depoimentos. Senti, ao escutar essas histórias como se estivesse trafegando no mundo islâmico. No totalitarismo islâmico. Não aceitamos o que é diferente? Aceitamos racionalmente o diferente? Não aceitamos a história? ....Tão mal a conhecemos.

E meu filho, tão pouco sabia que ser diferente é normal.

sábado, 13 de outubro de 2007

PRESENTINHO DE CRIANÇA


Um menino pobre recebe um presentinho no dia das crianças: um carrinho de fricção. Um carrinho que mais parecia de ficção.

Não defendo mais a idéia de que nosso país pareça o país da piada pronta. Ele está cada vez mais para o país da ficção, tamanha a dificuldade que tenho em aceitar a bizarrice em que ele se transformou.

Bom, este foi só um desabafo. Continuando....

Este menino ganhou apenas um brinquedo no dia das crianças: o então carrinho de fricção. Feliz da vida, o menino percebe que seu carrinho de fricção está estragado e pede ajuda para seu pai que cansado do trabalho diário que lhe dá 500 reais por mês, deixa pra arrumar o carrinho no dia seguinte.

O carrinho não era um kinder ovo, mas tinha surpresa: um pacotinho de maconha e algumas notas falsas de reais.

O pobre trabalhador não teve coragem de tirar o único presente que seu filho tinha ganhado no dia das crianças e amedrontado em procurar a polícia, já que pobre e negro é tudo mesmo ladrão e sem vergonha, pediu a ajuda de um vizinho que por acaso era policial militar.

Resultado: o carrinho de fricção que o pobre menino tinha ganhado no dia das crianças era de uma distribuição de muamba apreendida do Paraguai pela polícia federal.

O menino? Ficou sem carrinho.

O policial? Com a maconha e o dinheiro.

Para ler a matéria: Folha de São Paulo 13 de outubro de 2007.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

COW PARADE




Depois de muito tempo sem escrever, aproveito as férias para colocar as minhas idéias atrasadas em dia. Sabe, nesses últimos meses quando me tornei uma agrônoma, minha sala, meu quarto estão cercados por livros sobre trnasgênicos.
Nem meu marido aguenta mais meus questionamentos sobre os transgênicos. Então me permiti me preocupar com besterias. É, pensando bem quase besterias. É o caso das vaquinhas observadas logo acima.

Poxa, participei de uma palestra na Fundação Cultural e quase chego no pátio da Fundação com quem nos deparamos? Múúúuúú

Achei tão legal a Cow Parade em Curitiba. Foi tão legal, até o Biel se divertiu dando uma de protetor da vaca como vocês podem observar na foto acima. Biel como o protetor de vacas vestido de power rangers ficou engraçado né? É mesmo uma pena que elas fiquem arquivadas lá no pátio da Fundação Cultural, sem fazer nada o dia inteiro....acho que nem múúúú dá pra esperar delas.

Quando me deparei com elas, lá em fila, senti, confeço, uma sensação de abandono. Tudo bem que a arte pode ser efêmera, mas e agora? O que vai acontecer com as vacas? Alguém pode saberá me dizer o que aocntecerá com as vaquinahs?
buáááá


Fotos: Larissa Belkis

Aula Ikebana Sanguetsu Johvem 2

Como messiânica, estou aprimorando meus conhecimentos sobre o Johrei através das aulas semanais do Johvem 2 no Centro de Aprimoramento Centro Cívivo - Curitiba. Aqui poderemos acompanhar um pouquinho das aulas de ikebana, estilo sanguetsu.



Aula de dona Sebastiana, uma querida. Nesta foto nebulosa (foram feitas com o meu celualr) podemos ver Ana Luiza, dona Sebastiana e Ananda, minhas colegas nesse aprimoramento.

Alunos do Johvem 2 produzindo suas ikebanas.


Eu e o Biel também fizemos uma linda ikebana!!!!!



Biel cria uma ikebana diferente. Quanta criatividade, Meishu Sama rsrsrsrsrs
Agradeço a todos os professores e coordenadores do Johvem 2 pelo altruísmo de seus ensinamentos.

Fotos: Larissa Belkis

IKEBANA SANGUETSU



Mokiti Okada (1882-1955) – filósofo espiritualista, nascido no Japão – desejando estabelecer um Mundo Ideal, dedicou sua vida à purificação e elevação do espírito do homem. Ele ensinou que o contato com obras artísticas de alto nível não apenas eleva o ser humano espiritualmente, mas também lhe proporciona força geradora de felicidade.




Dessa forma, valorizou a Arte e deu-lhe um grande incentivo. Ele nutria um profundo interesse pela ikebana. Costumava preparar pessoalmente os arranjos com que ornamentava os cômodos de sua residência, sempre enfatizando a importância da simplicidade, do respeito à Natureza e da expressão do sentimento sincero na vivificação floral.





Ele ensinou que a
ikebana sanguetsu tem o poder de transmitir energia e vibração positivas. O estilo Sanguetsu foi criado tendo como modelo as vivificações florais de Mokiti Okada, e tem como base o sentimento de amor pela humanidade com que ele impregnava seus arranjos. Por isso, quanto mais esse sentimento for difundido, mais fácil será construir um mundo melhor, sem doença, miséria e conflito, alicerçado na verdade, no bem e no belo.





Com base nessa filosofia e no desejo de proporcionar maior encanto à vida, purificando o sentimento do homem através das flores, foi fundada a Academia Sanguetsu por Itsuki Okada (filha de Mokiti) no Japão, em 1971. No Brasil, foi introduzida em 1974.


Fonte: http://www.fmo.org.br/fmo/cultura/sanguetsu/home.asp
Fotos: Larissa Belkis

domingo, 17 de junho de 2007

AH, EU CONCORDO COM O MURO

Poxa, eu concordo com o muro.....
Do jeito que as coisas vão concordo também com a namorada do Rodrigo Santoro "Parei de comer até peixe. Poxa, você não comeria seu melhor amigo, né?"
Ricardo Boechat não concorda comigo e tirou sarro da top model na band news em rede nacional, but......I do........

sexta-feira, 4 de maio de 2007

EU TÔ UMA FERA MESMO E DAÍ? PARABÉNS PRA VOCÊ



Você seria capaz de adivinhar quais destas notícias são verdadeiras?
Policial é morto ao tentar salvar fotógrafa da Associated Press no Rio de Janeiro?
Um estoque de livros sobre a biografia da vida do rei Roberto Carlos em detalhes escrita por um ghost writer chamado Okky de Souza serão destruídas por que não podem ser recicladas?
O governo do Pará pagará R$ 148,5 mil pela reforma da casa da governadora Ana Julia Carepa?
PF detém grupo suspeito de negociar áreas ambientais?
É esta última até parece mentirinha, mas vamos dar um crédito pra PF. Ela tem feito um bom trabalho.
Dia estranho esse para ler o jornal, uh?
Se eu estivesse no Big Brother trancafiada feito aqueles inbecis que ficam lá sem fazer porra nenhuma de bom pro mundo diria que todas são mentira. Mesmo por que achei o preço da reforma barata demais. Kkkkk normalmente eles passam a mão mais descaradamente.


Quem não tem feito lá um bom trabalho é Lula. Poxa vida, quebrar a patente da droga anti-Aids? Começar a comprar da Índia só em setembro? É você que tá na boa, né? Claro, você não foi estuprado, sofreu algum erro médico, estava trabalhando e foi contaminado. Você que não tem Aids, você que acha que Aids quem pega é só pobre, gay ou o povo não deve estar nem aí. Você que é incluído digitalmente e pode estar lendo este texto, você que não é assitente social e visita milhares de mães aidéticas, mulheres aidéticas muitas vezes grávidas. Você não tá nem aí pra o que Lula deixa ou não deixa de fazer né?

Fala sério, presidente, tira da Aids pra dar pra CTNBio, presidente? Só não vê quem não quer que neste mato tem mais cobra que outra coisa. A indústria farmacêutica, têxtil e biotecnológica é uma só. E o presidente deve ser sócio majoritário. Fala sério.

Parabéns pra você que acha que discutir sobre os transgênicos é uma perda de tempo, sendo que você nem sabe o que é genoma. Aliás segundo Marcelo Leite “pesquisa de opinião do instituto Datafolha realizada com paulistanos poucos dias depois do anúncio da finalização do sequenciamento do genoma humano (um evento que foi manchete dos principais jornais
brasileiros e do mundo em junho), apenas 4% dos entrevistados souberam definir com alguma correção o que é genoma. E cabe assinalar que o grau de instrução não melhora muito o quadro de desconhecimento: mesmo entre paulistanos com nível superior de escolaridade, meros 17% foram capazes de oferecer respostas aceitáveis”.


Parabéns pra você que vive conseguiu ser digitalmente incluído, que conseguiu terminar seus estudos, morar em uma casa confortável e que mal lê os jornais por que tem medo de coisa feia. Ah, sai pra lá, sai pra lá,como diz o Silvio. Mas, mesmo assim, parabéns pra você. Pelas manchetes de hoje, a data não é querida, mas mesmo assim, mais uma vez....Parabéns pra você.

quarta-feira, 7 de março de 2007

SURREAL PÓS-MODERNO

É realmente uma pena eu não ter tirado uma foto da imagem pós-moderna que vimos ontem na pista de corrida em volta do Centro Universitário Positivo. No momento, Giasson, meu fiel e escudeiro amigo, definiu como pós-moderno, mas poderia ser surreal ou simplesmente inacreditável. Descrevo: três evangélicas correndo, a caráter, óbviolulante. Lógico.
A questão no caso é: e o desapego a material? E todo o resto? Ãh, como assim...
no mínimo esquisito, weirdooooo
O ser humano é weirdooooo
O que Monseur Baudrillard diria desta?

Monseur Baudrillard




A modernidade é controversa. Faz parte do nosso ser, de nossos instintos da nossa própria controversa. Mas ser o pioneiro do pós-modernismo é um título que o próprio Jean Baudrillard negava.

Crítico feroz da cultura de consumo e da sociedade moderna, (nossa será que ele era indignado por natureza como eu?). Baudrillard….

Aos 77 anos ele nos deixou nesta terça-feira, deixando ao mundo esta pequena lista de obras relacionada abaixo, que deixo para algum curioso tentar entender esta mente que ajudou a inspirar os irmãos Wachowski na trilogia de "Matrix".

No primeiro dos três filmes, o personagem Neo, interpretado por Keanu Reeves, aparece escondendo um de seus programas subversivos no interior do livro "Simulacros e simulação", um dos mais de 50 escritos pelo pensador francês.

Ele é um daqueles nomes que te perseguem na universidade. Um daqueles nomes que você jura que vai ler mais um livro nas férias. Adoro aquela idéia de que cada livro é um amigo. Assim posso me encontrar com Monseur Baudrillard quando quiser. Viu? As coisas são infinitas, ou não? Não sei, sou moderna, não cheguei ainda ao pós-modernismo de Baudrillard. Quem sabe um dia...

América
As estratégias fatais
À sombra das maiorias silenciosas
A sociedade de consumo
A transparência do Mal: ensaio sobre os fenômenos extremos
A troca impossível
A troca simbólica e a morte
A violência do mundo
Cool memories (série de quatro livros com ensaios)
De um fragmento ao outro
Estação liberdade
Ilusão Vital
O anjo de estuque
O crime perfeito
O espírito do terrorismo
O paroxista indiferente
O sistema dos objetos
Palavras de ordem
Para uma crítica da economia política do signo
Power inferno
Relógio d'água
Senhas
Simulacros e simulação
Tela total: Mitos-ironias da era virtual e imagem
Telemorfose

domingo, 4 de março de 2007

MASTER PIECE

Desfile de John Galliano Fall 2007
Para quem não considera fashion shows uma arte, tente este aqui!!!
Normalmente, em um desfile, o estilista escolhe uma maquiagem padrão, um cabelo padrão para todas as modelos. Em média 50 ou 60. Neste desfile, você vai notar que o cara gosta mesmo é de se empenhar. Cada uma das modelos esconde um detalhe interessante.
Check this and some others fashion shows on style.com

GO GORE, GO!!!

Al Gore
O quadragésimo quinto vice-presidente dos Estados Unidos na Era Clinton.
Entre 1993 e 2001 pouco alarde foi feito sobre o aquecimento global.
Somente em Davos, no início deste ano, a comunidade científica entrou em concenso sobre o aquecimento global. Século XXI.
Ver Mr. Gore subir no palco e receber o prêmio de melhor documentário com o diretor, não tem preço.
Manipuláveis pela mídia.
Somos assim.
Agora Al Gore virou o salvador da Amazônia. Pode?
"Uma verdade inconveniente" uh?
Congratulations Gore, but couldn´t you have called any attention sooner, man?

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

UM PSIQUIATRA E ALGUNS ASPIRANTES A JORNALISTAS



“Já havia pego a última ficha, mas decido atender mais um paciente às 5 da manhã para ajudar meu outro colega que também estava dando plantão naquela noite. Só me arrependeria quatro horas depois. Um caso super complexo”.

- Doutor, preciso de ajuda. Eu e meus amigos temos prazer em matar. Escolhemos pessoas nas ruas de Curitiba. Mendigos, abandonados, sem-teto. Pessoas. Levamos os escolhidos em lugares distantes e ban-ban. Matamos.
O psiquiatra da nossa história é jovem, elegante e como mesmo descreveu um amigo nosso que fazia parte de nosso jantar pré feriado de páscoa: “Não simpatizo com homossexuais, mas gostei dele por que ele fala bonito. Só não lhe dei um beijo na boca por que estava com a minha namorada”.
Estudantes de jornalismo quando encontram especialistas em algum assunto, não dá outra. A reunião vira palestra e quando menos percebe o convidado está sendo bombardeado de perguntas, dúvidas e no caso de um psiquiatra, angústias alheias.
Laurinha o interroga sobre um de seus maiores dramas na sua vida atualmente, seu irmão viciado em craque. “Há quanto tempo?”. Somente os 99,9% de sua existência na terra. Adotivo, a irmã acredita que se não conseguir o ajudar, seu fim poderá ser triste. Ele já conseguiu dar fim de duas casas. Já fumou quse tudo de sua vida. Só falta a namorada que já nem tem mais forças para procurá-lo na madrugada fria de Curitiba. Na última vez, sumiu por duas semanas. Noventa e nove mil clínicas. Noventa e nove mil tentativas. “Por favor, só mais uma vez, o último trago, então me enterno”. Este é apenas um dos dramas levantados daquela noite.
Não esquecemos nem mesmo do seriado LOST. “Amigos imaginários realmente existem?”. Para ele, existem e são absolutamente reais para a pessoa que sofre desta alucinação. O amigo imaginário tem uma personalidade própria, tem características particulares como qualquer outra pessoa. “Marcas físicas, porém, só podem ser da própria pessoa se agredindo”, alerta nosso psiquiatra. Os fãs de LOST que acompanham a série pela internet, sabem o quanto Hurley, o personagem com problema de obesidade sofre com o seu amigo imaginário em meia dúzia dos episódios da série. Ele o instiga a comer cada vez mais natchos e mais natchos. Até que um dia seu psiquiatra, (nossa!!! mais um na nossa história), decide mostrar a Hurley que seu amigo não existe. Tira uma foto dos dois para o mural do hospício. Hurley abraça nada mais que o ar.
Síndrome do pânico, Bicho de sete cabeças, depressões, amigos, maridos, amigos dos maridos, amigos dos amigos são contados e recontados em nossa terapia pré páscoa. “Gente, se eu estiver sendo chato, me avisem”, adverte o psiquiatra para os empolgadíssimos aspirantes a jornalistas que a este momento levantam a mão, para não perder a vez da próxima pergunta.
Uma discussão portanto intimida o grupo. Marilda versus o psiquiatra. Ele explica a importância de tratamentos a base de choques. Não os utilzia mas afirma existirem e serem comprovados cientificamente. Marilda, aquela que todos sabem que é psicopata mas nimguém tem coragem de falar pra ela, briga com o doutor. Indigna-se.
- Essa coisa de ficar levando choque é pré-histórica.
Ela não consegue nem mesmo ouvir as explicações do doutor. A sala se divide em dois grupos. Um tentando alcalmar a psicopata e talvez se perguntando o porquê de termos convidado a tal reunião. O outro grupo tenta escutar o doutor que a paranóica não deixa.
- grgrgrgr deixa o homem fala meu!!!

Às duas da manhã, duas garrafas de vinho depois, o psiquiatra mais querido da nação brasileira foi levado de nós. Mas não pensem vocês que foi por falta de assunto. Deve ter sido cansaço, coitado……Nunca mais o vi. Hoje, só lembro de sua simpatia. Coitado deve pensar: “Estudantes de jornalismo, nunca mis”. Kkkkkkkkk

Problema é problema. Meu, seu, nosso, maior ou menor ele não deixará de ser um problema. Todos nós temos. Mas problemas com tanta diversão, nunca mais verei na vida.
Abraços aos meu amigos que participaram deste encontro!!!! Amo vocês.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

FESTINHA DE CRIANÇA?




Alerta para os que terão paciência para ler minhas vastas emoções e pensamentos imperfeitos:
Primeiro, este “texto relato” or whatever the hell it is, é para lembrar que existem pessoas honestas que trabalham para o bem da sociedade e não se comparam MESMO ao quatro débeis mentais que me deixaram na mira de QUATRO revólveres ontem.
Segundo, saiba que sou Robesbiana. Relembro, para quem não lembra ou ensino para quem não sabe: Acredito que o indivíduo é, e pode ser sempre, mudado e influenciado pela sociedade em que vive.
Parabéns a estas pessoas que cruzam o meu caminho e me ensinam de uma forma ou de outra respeitar suas profissões e seus pontos de vistas e por me lembrarem que fazer jornalismo é do car….

Vamos ao texto:

Depois da quinta hora de festa, qualquer festa infantil, imaginem, fica chata. As crianças já estão lutando contra a exaustão, suadas, com a boca, a mão e todo o resto da roupa que sobrou sujas. Por este motivo, eu só chego bem depois. Na hora que os adultos já estão passados, os bebês chorões já se foram e só os VIPS permancem bebendo whisky cawboy.

Um psicóloga, duas assitentes sociais, dois estudantes de direito, um policial civil. Civil. Que fique bem claro. “Policial militar é mão auxiliar do exército”. E, claro, eu.

- “Me arrependo de ter matado por matar. Bem no início da carreira era imaturo. Na adrenalina, o cara avançou em mim e eu não pensava duas vezes”, declara nosso civil.

- “Alguns polciais não sabem lidar com a vontade de matar. Vira um vício. Ele não se conforma que o cara que trafica paga coisas pros filhos dele, e ele, ali, trabalhando no pesado não consegue nem pagar escola pro filho dele direito”.

Durante um julgamento, ao ser questionado pelo juíz de onde estariam suas testemunhas o réu se levanta e aponta o dedo para o policial civil de nossa história, dizendo:
- “Esse aí ameaçou todas as pessoas que eu conheço. Nimguém pode me ajudar de tanto medo”.
“Por muito menos já mandei neguinho pro inferno. Nem lembro da cara desse cidadão que tava me processando”, afirma nosso policial civil.

Agora, ocupando o posto de delegado em alguma cidade do interior, diverte-se em dia de visita íntima às sextas-feiras.
- “Peço pras meninas pegarem leve na revista. Não adianta mesmo, essas mulheres colocam celular desse tamanho ó – ele demonstra com um brinquedo do filho, um telefone de brinquedo - cheio de droga dentro da boceta. Ai daquele que olha pra mulher do outro. Quando elas passam, todos abaixam a cabeça em sinal de respeito”. Entre as mulheres costumam visitar “seus homens”, há sempre um homem. O cara é viadinho, vai fazer o quê?. Zoam com a cara dele. O cara escuta de tudo, mas ele gosta ué”.

A vida no cárcere é outro universo.
- “Se colocarem eles pra conversarem aqui na mesma mesa que estamos e se eles não quiserem que a gente entenda patavina, eles falam em outro dialeto. Um dialeto criado por eles dentro da prisão. Uma outra língua. Como a pichação nas ruas, muitas vezes indecifráveis para nós”.

Papo vem, papo vai e acreditem, ali acontecia uma “festinha”.

O filho mais velho brinca com uma arminha de água. Já cheios da brincadeira, que de vez em quando dá uma esguichada nos convidados, a avó psicóloga pede a filha que a peça ao marido que tire a arma da mão do filho.
- “ÔÔÔÔ muuuuulequi…”, interpela o pai CIVIL.
Agora a sogra pede:
- “Ai com jeitinho né?”.
Levando na brincadeira o civil fala em um tom meio gay:
- “Ai filhinho, por gentileza, traga a arminha aqui pro papai, traga?”.
Todos caem na gargalhada.
- “Porra, se eu pedir com jeitinho, ele vai achar que NEM é o pai dele que tá pedindo”.

A sogra pede de novo e o pai, agora brabo, pede em um tom mais viril:
- “É, me dá isso aqui, tá atirando água por todo lado muuuuulequi. Se quer atirar, pelo menos atira direito, porra…É assim ó. Vô ensinar”.

Todos caem na gargalhada de novo. Talvez esta seja uma maneira dele estravasar o perigo e a realidade vividos em seu dia-a-dia.

Há alguns anos, nosso polcial civil participou, bravamente, do fim de um dos mais longos sequestros do estado.
- “Você não sabem o que é um filho da puta ligando vinte e quatro horas pra polícia dizendo: “Vocês não vão me pegar, não. Vocês são uns trouxas mesmo”. Fui o segundo a entrar na casa. (Na verdade a vizinhaça toda sabe que ele foi o primeiro). Tinha até esquecido que do pedido do capitão. Meu colega falou enquanto estávamos lá dentro ainda:
- “Não vai pegar o olho?”
- “Que olho porra?”
- “O olho do cara, meu. Esqueceu que o capitão pediu?”
- “Tá loco. Eu não vou enfiar minha mão aí não, maluco”.
Mas seu colega enfiou. Hoje “o OlhO” está em exposição na delegacia pra quem quiser urubuservar.

A assitente social ao seu lado diz estar contente por não portar arma.
- “Acho que se eu tivesse uma arma na mão, faria justiça com as próprias mãos”.

Ela tem a voz mansa. Fala bem baixinho, mas notamos que assim como alguns de nós brasileiros, ela se indigna com a falta de justiça e com a desigualdade social. Ela e a esposa do nosso civil trabalham como assistentes sociais e estão acostumadas a encontrar as famílias desmazeladas pela violência. E aqui, estamos falando de todo o tipo de violência: pai que a filha e crau, marido que aponta arma pra esposa, iiiiiiii, a lista é bacana. Não vale a pena. Elas tem acesso livre na favela, atualmente. Os moradores sabem quem elas são e de onde elas vêm. Umas delas declara:
- “Chegaram a investigar a minha vida. Quem era meu pai, minha mãe, se eu tinha ou não irmãos e quem eles eram”.

Saber quem elas são e ter acesso livre, não as livra dos tiroteios e pipocos rotineiros. Lá, é cada um por si.

Este era o medo do marido policial civil, o personagem principal de nossa história de hoje. Absolutamente, os moradores da favela sabem que uma de suas assitentes sociais é mulher de um civil, mas por algum motivo, deixam para lá.
A sogra fica estarrecida com a última notícia do genro.
- “A Firanzinha morreu”.
Franzinha deixou duas filhas. Uma com a vó e outra sabe Deus com quem.
- “Quase que a guarda de uma delas fica contigo”, diz o civil.

Ele e sua esposa, assistente social tinham acolhido uma das meninas em sua própria casa tempos atrás na esperança de fazê-la melhorar de vida.

- “Franzinha é da vida e a vida a levou”.

Franzinha é uma das muitas que as assitentes tentam colocar alguma coisa na cabeça. Foi encontrada boiando em um rio na Espanha onde há algum tempo foi tentar, acredito, uma vida melhor, ou quem sabe, se ela não entendeu patavinas do que as assitentes disseram, “bagulhos” melhores para sua vida.

O caso Richtophen ainda estava em questão imaginem só a discussão entre as assistentes sociais, uma psicológa, um policial civil, um estudante de direito e eon, aspirante a jornalista.
Descubro que qualquer um, qualquer ser, qualquer pessoa entre nós pode ser um sociopata como Suzane Richtophen ou seus coleguinhas de crime, os irmãos Cravinhos. A sogra explica sobre a doença que acredita ela deveria ter nesses casos a pena máxima.
- “Pena de morte, minha filha. Não conseguimos ajustar uma pessoa dessas de volta a nossa sociedade”.
Pode ser sim qualquer um mesmo.
- “Somente com consultas e acompanhamentos conseguimos diagnosticar este tipo de doença mental. Você pode sim estar estudando, trabalhando, fazendo academia com um sociopata do seu lado e nunca saber disso”.

Um dos irmãos Cravinhos, diz uma amiga minha, era “super gente boa” no colégio. Seus amigos que estudavam em São Paulo no mesmo colégio: “O cara era sangue bom”.
Bom, este foi um relato de uma festinha de criança. Imaginem vocês, festinha de criança. Imagina só a festinha de adulto. Me meto em cada uma viu?


P.S.: nomes e descrições mais específicas foram mudadas neste relato para garantir a segurança de minhas fontes. Quem quiser saber do resto, é vai chupar o dedo mermo.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Polícia Militar da Vila Curitiba



Antes da virada do ano, um grande amigo meu viu sua vida passar pelo cano de uma arma de um cara que ele nunca tinha visto na vida, não sabia quem era e com certeza nem saberá.
A impunidade e a falta de sonhos trasformou o ser humano e os adolescentes que agora querem ser bandidos quando crescerem como documentado em "Falcão, meninos do Trafico".

Pois é ontem, o cano da arma, ou melhor, os canos, por que eram quatro, apontaram em minha direção. Não era de UM desconhecido, eram de QUATRO e eram bem conhecidos da população curitibana, com farda e tudo mais.

Pois é, o carro quebrou, all of a sudden, e eu pra não atrapalhar nimguém, estacionei o carro na fila de ônibus. Bem lá na frente. Na boa. Ao esperar assistência mecânica para o carro em pleno centro da cidade, mais precisamente em frente ao Teatro Guaíra, um carro da PM interpelou um palio, obviamente de um sem noção....que portava alguma coisa ilegal.

Em primeiro lugar, o carro quase bateu no meu, dando pra ouvir a freiada e o meu batimento cardíaco batendo na orelha. Pensei: "Car......, primeiro o carro apaga do nada, agora vou levar pipoco da PM?"

Simplesmente do retrovisor, visualizava: um sem noção e quatro PM na cola. Na cola do cara e na minha. Eu sentadinha na mira do rapa.
Maneiro né?
Desci do carro com a mão pra cima. Dá pra acreditar?
Esperei um dos quatro que, supostamente, estariam do meu lado, gritar alguma coisa, como nos filmes, como em Third Watch: "Get the hell outta there....Get safe somewhere".
Nada.....
Fui cuidadosamente saindo da mira. Olhei pra trás pra ver quem mais estaria na mesma linha de combate. Resposta: Nimguém. Só a tatu aqui.

Em uma cena RIDÍÍCULA fui rastejando em direção aos pontos de ônibus. Olhando pro lado. Pensando o quão idiota estava eu tentando me salvar.
Abre aspas:
idiota do Lat. idiota > Gr. idiótes, homem de espírito curto, ignorante
adj. e s. 2 gén., falto de inteligência;
parvo, estúpido;
ignorante;
imbecil.
Acho que dá pra entender melhor agora? Então voltemos a história.

Agora, eles revistam o carro. Um deles olha pra minha cara, talvez pensando: "Que essa tatu tá fazendo aqui?"
Viram o carro de ponta cabeça, mas o cara não.
O CARA NÃÃO.
Um dos PM (bem preparado pra chuchu) ainda pede o documento do carro. O sem noção vai lá dentro põe a mão no porta luvas.....Pensei: Meu, se eu fosse bandido e estivesse esperando por uma oportunidade....That would be NOW.
E corri, só corri. Tiro perdido aqui não meu. Já purifiquei que chega hoje.

No final da história, você deve pensar que tudo foi explicado e que nada passou de um mau entendido ou que pelo menos alguém disse: "Lady, now you can go back safelly to your car. After all, we´re here to protect the citizens and the good from the evil".
NÃ NÃ NÃ

Porra, um dos PM foi dirigindo o carro do cidadão o cara foi algemado e levado sabe Deus pronde.

Porra, e eu até agora não sei que raios aconteceu.
Eram quatro armas na minha direção véio.....

Por favor, amigos queridos que devem acompanhar este blog, sou eu e meu espírito de querer mudar o mundo ou tem alguma porcaria errada?

Funky
Protective
Trustworthy

That´s the only policeman who can work something out....
at least we could have fun....

God bless the Village people in Curitiba

Por favor alguém manda o Delazari dá um jeito nesse negócio.....

DANCING WITH THE STARS

Férias.
Tempo de se coisificar na frente na TV e assitir aos mais loucos reality shows criados pelo ser humano. Mas esta semana fui surpreendida ao elogiar o Domingão do Faustão. Confesso que não assisto este programa há décadas (mesmo por que há décadas as coisas não mudam neste canal), pois bem, pelo menos em um quesito Faustão não se equivocou tanto quanto nossos amigos norte americanos.

"Dancing with the Stars" exibido pelo people and arts em canal fechado de TV tem realmente ferido meus anos de dedicação pelo ballet, pela dança, pelo meu amor a esta arte.

Resolvi assitir um episódio, mesmo porque se você não vê não pode falar mal, não é mesmo? Pensei em assitir a bagaça, só pra ter uma noção do que Faustão tinha tirado do programa para incluir quase que por osmose em seu. Pois é, o resultado foi: Faustão 10, People and Arts 0. No primeiro dia, (claro por que a obviolulante aqui, deu duas chances pro canal) foi o dia da rumba. Fui surpreendida por um casal dançando uma música que até agora não sei como descrever, mas pense em Whitney Houston ou Mariah Carey...Pois é, amigos.....tudo haver com rumba, certo?

As minhas esperanças de algum sinal de noção do ser humano viria dos jurados. Obviamente, aquilo de rumba não tinha p.... nenhuma e os jurados, certamente, opinariam neste sentido......nada!!!! Muito pelo contrário, chegaram a elogiar a música escolhida....dã

No segundo dia, precisava de uma testemunha...meu querido marido cuja noção confio plenamente. Here we go again.......Samba babe
Ah, não, agora vai.....
Nada.......
Nem um passinho, nem um pulinho, um bumbo na marcação, um style meio "verde e rosa" estava.....really really far away from that.....
De novo, os jurados, a esperança de bom senso.....só elogios para os dançarinos e do outro lado do sofá, o maridão: "Ãh?"

Vamos combinar uma coisa, o Faustão é um mala, tudo bem, a função da televisão é de entreter, divertir, distrair. Como já declarou Marília Gabriela: "A televisão serve para entreter. Se ela entretem com informação, ótimo. Se informa com humor, melhor ainda". Mas convenhamos, precisa embecializar o pobresinho do outro lado?

Mesmo assim, ainda existe uma certa noção: no Domingão do Faustão, tango é tango, rumba é rumba, bolero é bolero e samba é samba....respeitemos Carlinhos de Jesus que já participou como um dos jurados e os jornalistas que mesmo estando lá só pra se divertir explicam as raízes dos diferentes estilos e acrescentam alguma coisa ao pobre povo que só engole goela abaixo sem filtrar o que vê.

Não vejo a hora de ver o tango do Dancing with Stars...vai ser tipo, alá Britney Spears e um monte de frutas alá Carmen Miranda na cabeça, aliás como foi na rumba....

Meus anos de ballet abominam esta falta de conhecimento de profissionais que ensinam a leigos simplesmente nada......

E viva nossos amigos norte americanos!!!
Vive la ignorance
at least, avec elegance, in this case!!!

sábado, 27 de janeiro de 2007

SÃO CHICO E A VILA DA GLÓRIA




Este é o Glória Mar. Em primeiro plano, podemos observar minha prima Jeniffer e um pouco de seu árduo trabalho diário, ar limpo, mar e sol. Parece fácil, mas na verdade essa bichinha aí trampa pra caramba no barco todos os dias, realizando a travessia da Vila da Glória para o centro histórico de São Francisco do Sul e pelos passeios pela Ilhas da Babitonga. Pelo menos o visual ajuda e o clima é ótimo.

Realmente fico na dúvida sobre o que é mais lindo: o passeio pelas Ilhas ou o restaurante da Jac. Quando dei por mim, estavam todos lá: os mariscos, as casquinha de siri e os camarões......êta vida ruim essa viu?

Logo alí, como em catarinês, o famoso Finho, um dos membros mais novos da família.
Seu dilema? "Não sabe brincar, não brinca seu gunorante". Esse piá é simplesmente uma figura. E eu que achava que esse tipo de infância não existia mais. Quando na Vila Glória, em minha última viagem, pude presenciar Finho comendo as goiabas das árvores, pulando e brincando por entre os pescadores e brincando com sua sarrafa.
ÊTA INFÂNCIA BOA ESSA!!!



LAST PICTURE BUT A LOT TO BE REMEMBERED





Esta foi a única foto do meu celular que foi pro saco esta semana. Pois é, o celular foi, mas as imagens da Vila da Glória em São Francisco do Sul continuam na minha memória. A hospitalidade dos parentes e dos nativos amigos da Vila foi o retrato da semana na minha memória.
A vida simples e saudável da Vila e da infância ingênua que a cidade grande esqueceu foi marca registrada graças ao primo mais novo, o "Finho" como é conhecido lá.
As portas das casas abertas e a falta de muros entre as casas nos faz treinar a mente na tentativa de também torná-la assim: sem muros, sem divisórias.
O vocabulário me remete a infância e uma enormidade de musiquinhas obcenas cantadas pelo "Finho" faz qualquer um cair na risada, nem dando vontade de chamar a atenção da criança que se diverte entre os curiosos, turistas e mais chegados.
Não dá pra esquecer os frutos do mar, o restaurante da Jac e do Jeff pais do Finho que não poupam esforços para agradar entre mariscos, casquinhas de siri e camarões preparados de todas as maneiras.
Sem dúvida, uma viagem para lavar a alma e lembrar que ser feliz é muito simples.