terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

AH….. EU AMO A TECNOLOGIA


Não tem mais jeito, hoje em dia é assim mesmo. Só me dei conta quando meu irmão verbalizou com todas as letras ao telefone: o celular é praticamente um ship humano. É realmente irritante que, em pleno século XXI, não se consiga falar com uma pessoa na hora que você quer ou a qualquer hora do dia. Marcar reuniões, fechar negócios, conectar-se a um enorme stuff em segundos. Celular.
Quando era professora, irritava-me constantemente com os aluninhos de 10, 11 onze com seus tamagoshis a postos. Mesmo por que, naquela época, eram as próprias mães que ligavam para interromper as aulas. Às vezes para avisar que já haviam chegado para levá-los pra casa ou para avisar que não poderiam ir buscar seus pimpolhos no horários combinados, que iriam se atrasar, etc.
Hoje, mudei de idéia e não tenho mais raiva daquelas mães. Com um filho de sete anos de idade, tenho mesmo é vontade de fura-lhe os pulsos e introduzir um ship que me deixe segura e com a cabeça fresca para poder trabalhar e viver meu dia-a-dia tranquilamente, já que não posso controlar sua vida e ficar 30 horas por dia ao seu lado. Já é independente. Ah, e é férias.
As crianças do bairro, principalmente as meninas, me atualizam das últimas tecnologias em celular, assitências técnicas, lojas de acessórios, enfim. Até fizeram eu descobrir que o celular que adquiri em dezembro já está fora de linha. É incrível. E lembrar que aos 15 ainda brincava de barbie com minhas amigas do ballet. Rárárá
Já que este tipo de tecnologia não chegou as minhas mãos, dei-lhe um celular. Menos cruel que fura-lhe os pulsos e introduzir-lhe um ship e, mesmo assim, eficaz, pelo menos por enquanto. Sei na casa de quem está e onde está. Sei, claro, quando ele me liga ou quando eu consigo fazê-lo atender o celular, mesmo depois de algumas tentativas. Passo algumas angústias, afinal, já comentei que é férias?
Ai, pensando bem, se quiser ficar tranqüila mesmo, vou que precisar de um ship.
Já imaginou? Com um toque no computador, poderia encontrá-lo e não precisaria ficar ligando e dando uma de mãe má, super protetora. Ah, eu amo a tecnologia…

Um comentário:

Michelle Gutmann Hesketh disse...

Por várias vezes eu me peguei pensando assim. Embora eu não tenha filhos eu sou, praticularmente, curiosa. Sempre fico pensando onde será que tal pessoa está, será que está ali mesmo e essas coisinhas. O celular nem sempre coopera, por tanto o chip é a solução!!!

Sou a favor de um chip para as crianças e só para as crianças. Acho que com esse chip elas teriam uma infância como a nossa, ou pelo menos parecida...